sábado, 13 de dezembro de 2008

Ponto Final

O ponto final será sempre um ponto sem retorno. The End.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

De Zeca para Mamãe

Com certeza essa música foi composta para alguma Entidade de devoção do grande Zeca Pagodinho e eu roubo-a para dedicar a minha mãe. Minha melhor, maior e única amiga. Tem tudo a ver!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Paciência, santa paciência!

Só nesse país mesmo para existir recesso em nível universitário. Ô paíszinho de meia-tigela! Não bastasse os zilhões de feriados, agora me deparo com mais essa! Haja paciência!

Poxa, com essa eu não estava contando! Não planejei as férias, nem viagens... Só me resta a notória frase dita pelo nosso pop presidente: “Sifu!”

Fernando Pessoa e o amor.

Fernando Pessoa disse que “amar é cansar-se de estar só: é uma covardia, portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).” Oh Deus, será que sou uma traidora de mim mesma?!

Estou tão cansada de estar só, tão cansada que esse sentimento já não cabe mais em mim. Ele transborda e extravasa e sempre abaca caindo nas mãos da pessoa errada.

Traição dobrada!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Simon's Cat 'TV Dinner'

O Mito da Medusa - Mito e Estados Depressivos



Medusa, ser terrível, embora monstro, é considerada pelos gregos uma das divindades primordiais, pertencente a geração pré - olímpica. Só depois é tida como vítima da vingança de uma deusa. Uma das três górgonas, é a única que é mortal. Três irmãs monstruosas que possuíam cabeça com cabelos em forma de serpentes venenosas, presas de javali, mãos de bronze e asas de ouro. Seu olhar transformava em pedra aqueles que a fitavam. Como suas irmãs, Medusa representava as perversões. Euríale, simbolizava o instinto sexual pervertido, Ésteno a perversão social e Medusa a pulsão evolutiva, a necessidade de crescer e evoluir, estagnada. Medusa também é símbolo da mulher rejeitada, e por sua rejeição incapaz de amar e ser amada, odeia os homens nas figura do deus que a viola e abandona e as mulheres, pelo fato de ter deixado de ser mulher bela para ser monstro por culpa de um homem e de uma deusa. Medusa é a própria infelicidade`, seus filhos não são humanos, nem deuses, são monstros. Górgona, apavorante, terrível.

O mito de Medusa tem várias versões, mas os pontos principais refletem estas características acima. Como Midas ela não pode facilitar a proximidade, um transformava tudo em ouro com apenas um toque, ela é mais solitária mais trágica, não pode sequer olhar, pois tudo o que olha vira pedra, Medusa tira a vida, o movimento com um simples olhar, também não pode ser vista de frente, não se pode ter idéia de como ela é sem ficar paralisado, morrer.

Diz o mito que outrora Medusa fora uma belíssima donzela, orgulhosa de sua beleza, principalmente dos seus cabelos, que resolveu disputar o amor de Zeus com Minerva. Esta enraivecida transformou-a em monstro, com cabelos de serpente. Outra versão diz que Zeus a teria seqüestrado e violado no interior do templo de Minerva e esta mesmo sabendo que Zeus a abandonara, não perdoou tal ofensa, e o fim é o mesmo. Medusa é morta por Perseu, que também foi rejeitado e com sua mãe Danae trancado em uma arca e atirado ao mar, de onde foi resgatado por um pescador que os levou ao rei Polidectes que o criou com sabedoria e bondade. Quando Perseu ficou homem, Polidectes enviou-o para a trágica missão de destruir Medusa. Para isto receberia o auxílio dos deuses. Usando sandálias aladas pode pairar sobre as górgonas que dormiam. Usando um escudo mágico de metal polido, refletiu a imagem de Medusa como num espelho e decapitou-a com a espada de Hermes. Do pescoço ensangüentado de Medusa saíram dois seres que foram gerados do conúbio com Poseidon. O gigante Crisaor e o cavalo Pégaso. O sangue que escorreu de Medusa foi recolhido por Perseu. Da veia esquerda saia um poderoso veneno, da veia direita um remédio capaz de ressuscitar os mortos. Ironicamente, trazia dentro de si o remédio da vida, mas sempre usou o veneno da morte.

"Três irmãs, três monstros, a cabeça aureolada de serpentes venenosas, presas de javalis, mãos de bronze asas de ouro: Medusa, Ésteno e Euríale. São símbolos do inimigo e se tem que combater. As deformações monstruosas da psiqué, consoante Chevalier e Gheebrant ( Dictionnaire des Symboles, Paris Robert Laffont, Júpiter, 1982) se devem as forças pervertidas das três pulsões: sociabilidade, sexualidade, espiritualidade" .(Brandão, ed. Vozes 1987).

(cont.)
Recife, 11 de dezembro de 1996

Marise de Souza Morais e Silva Santos
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