quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sofrer por Antecipação, o Grande Exercício do Afeto!

Pânico [Do gr. Panikón (subentende-se Deîma, ´terror´, terror que vem de Pã), pelo lat. Panicu.] Adj. 1. Relativo ao deus Pã. 2. Que assusta sem motivo. 3. Que suscita medo por vezes infundado e foge a um controle racional. 4. Medos que os antigos diziam ser causado pelo deus Pã. 5. Susto ou pavor repentino, às vezes sem fundamento,que provoca uma reação desordenada, individual ou coletiva, de propagação rápida. (Dicionário Aurélio)

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Em psicanálise cita-se o pânico como um mergulho súbito em uma desilusão intolerável. Gerando uma radical falta de garantias com tudo que simbolizava o sujeito no mundo até então. E, lembrem-se novamente, que este mergulho súbito se dá na esfera do inconsciente. Enquanto no consciente observamos apenas os reflexos, ou os sintomas gerados em função disto. E por isso mesmo, não compreendemos facilmente tais manifestações. Em verdade, é interessante citar que a nomenclatura utilizada para isso é ataques de angústia.

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A angústia manifesta-se, muitas vezes, por antecipação. Uma vez sofrido o primeiro ataque de angústia, o sujeito passa a temer voltar a sofrer esta situação de total e indefeso desamparo. E passa então a sofrer angústia por antecipação.

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A angústia e o desejo inconsciente são vistos como duas faces de uma mesma moeda. O ponto de emergência de maior angústia do sujeito, é exatamente onde está embutido o seu maior desejo inconsciente. E angústia não mente!

O sujeito que se vê as vias do pânico é o sujeito que se vê as vias de seu próprio desejo inconsciente.

http://www.projetoinstigar.com.br/PDFs/Projeto-Instigar-PANICO.pdf


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