sábado, 5 de março de 2011

Elogio da Loucura

De onde vem o encanto das crianças , senão de mim, que as poupo da razão, e ao mesmo tempo das preocupações? Não é verdade? Quando crescem, estudam e se amoldam à disciplina da vida, sua graça desvanece. Quanto mais o homem se afasta de mim, goza cada vez menos a vida. Por fim, lá vem a importuna velhice, tão penosa para os outros como para si mesma, e que ninguém poderia agüentar, se eu não viesse mais uma vez socorrer tantas misérias [...] Fraquejam às vezes, não sendo perfeitos os homens, porque esquecem o dito popular, que aqui é de peso: “Apenas a Loucura conserva a juventude e afugenta a importuna velhice.”
Erasmo de Rotterdam

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