sábado, 20 de fevereiro de 2010

AMOR QUE NOS TRÁS FELICIDADE E PAZ

Psicologia Infanto-Juvenil

Vamos ver sobre o ângulo de porque algumas pessoas depois da conquista desistem do conquistado.

O que vamos falar acontece com algumas pessoas, tendo a origem no inicio da vida do bebê e tem a ver com o balanceamento entre os afetos e cuidados corporais fornecidos pela mãe. Sabe-se hoje que se esse balanceamento não for adequado pode na vida adulta originar o medo da intimidade, tendo como conseqüência o comportamento de conquista e abandono.

Há um elemento nas relações amorosas que devem ser analisadas, pois podem determinar os estabelecimentos de uma parceria. O queremos considerar é a idéia de “conquista”. Nesse caso, a aproximação amorosa teria seu desfecho quando uma das partes se revelasse tão apaixonada que nada mais poderia negar ao amado. Estaria então realizada a conquista e o desvalorizado objeto de amor, agora à mercê do vitorioso, já pode ser abandonado.

É a isso que damos o nome de conquista. Tem muito a ver com paciência, auto-afirmação e vingança do que com ternura e afeto. Mas a conquista é impossível na ausência absoluta do afeto. Então, o que em geral mais encontramos é a mistura de desejo pelo outro com o prazer do triunfo. Como ocorre bastante, um olhar penetrante na infância nos guiará no labirinto dos sentimentos que constituem o amor.

Podemos destacar dois aspectos polares - conquista e aproximação mutua – de uma mistura complexa que é a atração erótica.

Na primeira etapa da vida o amor erótico vai surgindo e se consolidando no recebimento de ternura, leite cuidados físicos e carinho. Mais adiante, tendo já a criança adquirida uma inicial capacidade de discernimento, sente a mãe como conquistada; é uma mãe que pode ser manipulada para fornecer bens que, apesar da resistência materna, a criança deseja.

Quer se referir neste caso a objetos aos qual a criança só tem acesso pela mãe, como roupa e guloseimas. Ela experimenta um poder sobre a mãe ao vencer sua relutância em fornecer tais objetos. Esse é o componente de conquista do amor infantil.

A mãe sabe exercer uma intimidade carinhosa, sabe trocar afetos e atender com critério a parte das demandas matérias do filho, estará preparando um filho capaz de lidar com os contraditórios sentimentos da relação amorosa.

Mães insensíveis, que não percebem as demandas de afeto do filho, mas atendem aos seus pedidos matérias, poderão construir uma conjuntura na qual a rejeição de intimidade com a conseqüente incompreensão afetiva convive com o sentimento de capacidade de a criança provocar comportamentos objetivos e obter artefatos. Para não se sentir rejeitada, a criança evita pedir afeto, concentrando-se naquilo que obtém pelo controle e manipulação da mãe, com comportamentos objetivos e objetos matérias. A criança desiste da mãe afetiva.

Transportando isso para a idade adulta resulta em uma pessoa que conquista e repudia, usufruindo o parceiro por um tempo e abandonando-o antes que se concretizem os temores de se sentir incompreendido.

A relação de afeto fica ofuscada pelas demandas objetivas e materiais. È próprio das necessidades matérias exigirem a toda hora novos objetos. E o parceiro, transformando em objeto, é trocado por outro antes manifeste o seu presumindo comportamento de instabilidade.

A relação se alicerça então na denominação, e não na compreensão.

As dosagens de mutualidade e conquista erótica em relação dependem de como experiências passadas forma elaboradas e transformadas em modos de vinculação. O aspecto conquista poderá ter menos força que o aspecto compreensão. A relação poderá então se manter por tempo suficiente para que a experiência presente corrija as distorções do passado. O reconhecimento do uso da conquista como defesa contra a frustrante sensação de falta de intimidade facilitará a preservação e o desenvolvimento das relações.

Texto baseado em estudo do psicanalista Nahman Armony

Fonte: http://www.jctorres.com.br/saude%20e%20bem%20estar.html

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