sábado, 20 de fevereiro de 2010

O doce sabor da ilusão

Ao longo desses anos em silêncio, minhas meditações casuais sobre a vida ensinaram-me: as pessoas têm medo de perder suas ilusões (...) Eu não tinha mais ilusões. Por isso mesmo, não tinha medo. A serenidade explicava-se, mesmo que os olhos cada vez mais raros e surpresos dos outros não conseguissem entendê-la. Paciência. De minha parte, tarefas cumpridas. Descansar. Espatifada a capacidade de crer na menor ilusão. É importante que um homem as tenha, as ilusões: deixe as pessoas com algumas poucas ilusões e você será feliz. Guarde uma ou duas para si por precaução, e não as mostre, assim, para qualquer um. Por mim, estou livre delas. Não as tenho mais e não as quero novamente.

Do livro de Marcos Lacerda "Um Estranho em Mim."

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